Call of Duty: Black Ops 7 vai estrear-se sem as skins de fantasia que marcaram os últimos capítulos da série e não permitirá a transferência de operadores e armas comprados em Black Ops 6.
Decisão afeta conteúdos pagos
Num comunicado dirigido à comunidade, a Activision confirmou que operadores, visuais e armas adquiridos em Black Ops 6 não estarão disponíveis em Black Ops 7. A editora justifica a medida com a necessidade de garantir “autenticidade” e alinhar o novo título com a atmosfera bélica característica da saga. Apenas fichas de XP duplo e GobbleGums transitarão para o jogo seguinte.
O bloqueio surpreende parte da base de jogadores, habituada a ver o inventário migrar entre edições consecutivas. O conteúdo mantido continuará, porém, acessível em Call of Duty: Warzone.
Regresso ao realismo
A mudança surge após críticas de fãs que consideram excessiva a inclusão de personagens licenciadas, como Beavis and Butt-Head ou Nicki Minaj, apontando para uma “Fortnite-ização” de Call of Duty. Paralelamente, a Electronic Arts promove Battlefield 6 com um enfoque declarado em “realismo cru” e sem planos para cruzamentos de marcas.
Durante a gamescom, o diretor de design de Battlefield, Shashank Uchil, reforçou que o novo título da DICE pretende manter-se “assente no chão”, sem skins que quebrem a imersão. A concorrência direta entre os dois shooters está marcada para o último trimestre: Battlefield 6 chega a 10 de outubro, enquanto Black Ops 7 é esperado em novembro.

Imagem: ign.com
Impacto na receção dos jogadores
Entre a comunidade Call of Duty, as reações dividem-se. Há entusiasmo pelo regresso a um tom mais sóbrio, mas também frustração entre quem investiu tempo e dinheiro em pacotes cosméticos que deixarão de ter valor no próximo jogo. Persistem dúvidas sobre a duração desta política: alguns utilizadores receiam que a editora volte a lançar skins extravagantes após os primeiros meses de Black Ops 7.
A Activision promete detalhar brevemente os modos Multijogador, Zombies, Co-Op Campaign e Dead Ops Arcade 4, todos descritos como uma “sucessão espiritual” de Black Ops 2. Até lá, a editora garante estar a ouvir o feedback e a trabalhar para equilibrar monetização e experiência imersiva.