Animal Crossing podia ter chegado às lojas ocidentais com outro nome, mas a Nintendo decidiu manter o título que se tornou mundialmente conhecido.
Processo de localização durou até um ano
Leslie Swan, antiga responsável pela localização na Nintendo of America, revelou à publicação Time Extension que a adaptação da versão japonesa, Dōbutsu no Mori, para o mercado ocidental em 2002 exigiu entre seis meses e um ano de trabalho. A tarefa envolveu a tradução de milhares de linhas de diálogo, criação de frases-chave para personagens e a substituição de referências culturais exclusivas do Japão.
“Animal Acres” esteve em cima da mesa
Durante o processo, surgiu a proposta de chamar ao jogo “Animal Acres”, nome inspirado na grelha que define a disposição das aldeias. A ideia foi submetida à direção da Nintendo, mas acabou rejeitada. A companhia aprovou, em alternativa, o título Animal Crossing, hoje sinónimo da série de simulação social.
Reação de Satoru Iwata
Swan recorda uma reunião com Satoru Iwata, então responsável pela divisão de planeamento corporativo. Ao saber que a equipa iria localizar o jogo, Iwata terá rido e comentado que não sabia como o grupo conseguiria concluir a tarefa, sublinhando a complexidade cultural do projeto. O produtor Takashi Tezuka também advertiu para as dificuldades de adaptar elementos fortemente japoneses ao público ocidental.

Imagem: Darryn Bonthuys on September via gamespot.com
Presente e futuro da série
O capítulo mais recente, Animal Crossing: New Horizons, chegou à Nintendo Switch em 2020 e recebeu recentemente uma atualização associada à futura consola conhecida, por enquanto, como “Switch 2”. A Nintendo ainda não divulgou planos para um novo jogo, mantendo em aberto o rumo da franquia.