sábado, setembro 13, 2025

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Funcionários da Microsoft ocupam gabinete do presidente em protesto contra contratos militares israelitas

Um grupo de sete ativistas, incluindo dois trabalhadores da Microsoft, realizou um protesto de ocupação no gabinete do presidente da empresa, Brad Smith, em Redmond. A ação visou contestar a utilização da plataforma Azure e de tecnologias de inteligência artificial pelas Forças de Defesa de Israel.

Protesto organizado por “No Azure for Apartheid”

Os manifestantes integram o coletivo “No Azure for Apartheid”, que exige a rescisão dos contratos da Microsoft com o governo e o exército israelitas. Segundo o organizador Abdo Mohamed, antigo funcionário da tecnológica, participaram os atuais colaboradores Riki Fameli e Anna Hattle, bem como os ex-empregados Vaniya Agrawal, Hossam Nasr e Joe Lopez. Todos foram retirados do local pela polícia de Redmond.

Resposta da administração

Após a desocupação, Brad Smith convocou a imprensa no próprio gabinete. O executivo reafirmou o compromisso da empresa com os seus princípios de direitos humanos e criticou o método utilizado pelos ativistas, alegando que estes bloquearam o acesso ao escritório e esconderam telemóveis para gravação clandestina. Smith indicou que a conduta dos dois funcionários será analisada internamente, assinalando que eventuais detenções anteriores poderão agravar consequências disciplinares.

Investigação sobre vigilância e contacto com o FBI

O presidente da Microsoft revelou ainda estar a investigar informações que apontam para o uso da cloud Azure na vigilância de palestinianos. Num tema ligado, confirmou que um responsável de segurança da companhia solicitou em abril apoio ao FBI sobre possíveis protestos na área de Seattle, mas classificou o pedido como uma consulta genérica sobre potenciais “perturbações”.

Funcionários da Microsoft ocupam gabinete do presidente em protesto contra contratos militares israelitas - Imagem do artigo original

Imagem: Mark Warren via rockpapershotgun.com

Pressão externa continua

Movimentos como Boycott, Divestment and Sanctions (BDS) apelam ao boicote de produtos Microsoft e Xbox enquanto persistirem ligações ao setor militar israelita. Também trabalhadores sindicalizados do estúdio Arkane, pertencente ao grupo, expressaram apoio às reivindicações do coletivo “No Azure for Apartheid”.

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