sábado, setembro 13, 2025

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Ray tracing chega a milhões de consolas mas continua longe do seu potencial

O ray tracing entrou na corrente principal dos videojogos há cerca de sete anos, prometendo iluminação e reflexos mais realistas. Apesar de estar disponível numa base de hardware cada vez maior, a tecnologia mantém-se longe de ser indispensável para a maioria dos jogadores.

Instalação alargada de hardware compatível

Qualquer PlayStation 5 ou Xbox Series X|S inclui núcleos dedicados a ray tracing, somando perto de 95 milhões de unidades em todo o mundo. A este número juntam-se computadores pessoais e portáteis de gaming, além de consolas portáteis, onde o inquérito mensal da Steam indica que aproximadamente 30 % dos utilizadores já possuem placas gráficas compatíveis.

A presença de hardware, porém, não garante uso frequente. Jogos como Minecraft, Control, Spider-Man ou Alan Wake 2 demonstram benefícios visíveis, enquanto Assassin’s Creed Shadows recorre à tecnologia para acelerar ciclos de estações e condições meteorológicas. Contudo, títulos competitivos ou de acção rápida tendem a desativar o recurso, priorizando taxas de fotogramas estáveis.

Custos de performance e produção

O cálculo em tempo real de múltiplas reflexões continua exigente. Mesmo com núcleos dedicados, a ativação do ray tracing costuma reduzir o desempenho, obrigando ao recurso a soluções de upscaling, como DLSS da Nvidia ou FSR da AMD, para manter resoluções aceitáveis. Para parte da comunidade, estas técnicas de reconstrução de imagem são vistas como compromissos indesejáveis.

Além do impacto na performance, o desenvolvimento de cenas otimizadas para ray tracing implica mais testes e ajustamentos. Alguns estúdios, como o responsável por Battlefield 6, preferem adiar a implementação para evitar riscos adicionais no lançamento.

Ray tracing chega a milhões de consolas mas continua longe do seu potencial - Imagem do artigo original

Imagem: Eric Frederiksen on September via gamespot.com

Mercado de GPUs instável

A expansão da tecnologia também tem esbarrado nos preços do hardware. Entre 2018 e 2023, a combinação de criptomineração, pandemia e constrangimentos logísticos elevou significativamente o custo das placas gráficas. A inflação e tarifas adicionais mantêm a fasquia alta, retardando a renovação de sistemas e, por consequência, a adoção ampla do ray tracing.

Próximos passos

Especialistas defendem que a massificação dependerá de três factores: maior potência por euro nos chips dedicados, motores de jogo concebidos de raiz para iluminação por traçado de raios e uma descida sustentável dos preços das GPUs. Até lá, a tecnologia permanecerá opcional para muitos utilizadores, apesar da promessa de transformar por completo a aparência dos futuros videojogos.

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